sábado, 25 de dezembro de 2010

E-M@IL PARA O APÓSTOLO PAULO

E-M@IL PARA O APÓSTOLO PAULO

Pr. Daniel Rocha
Amado apóstolo:

Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou a própria vida. As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o que você escreveu foi esquecido ou deturpado.

Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja, e não poupariam o rebanho [1]. Palavras de fato inspiradas, pois isso se concretiza a cada dia.

Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro era a “raiz de todos os males”[2]? Quero que saiba que suas palavras foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a “solução” de todos os males.

Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época ninguém mais quer ser chamado de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é por demais humilde: um bom número almeja levar o título de apóstolo. Sei que em seu tempo, os apóstolos eram “fracos... desprezíveis... espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa... injuriados... lixo e escória” [3]. Agora é bem diferente. Trata-se de uma honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram, quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos palácios dos governantes.

Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da “Graça” e da “liberdade que temos em Cristo” [4]. Isso não soa bem hoje, pois a Igreja voltou à “teologia da retribuição” da Antiga Aliança (só recebe quem merece), e liberdade é a última coisa que os pastores querem pregar à suas ovelhas.

Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições internas e que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz [5]. Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e sem espinhos na carne como você. A presença deles é forte, a sua fraca [6], eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos [7], eles jamais recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com Timóteo [8], mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você nunca fez.

Você dizia que por amor a Cristo perdeu “todas as cousas” considerando-as refugo [9]. As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos: “Restitui, quero de volta o que é meu!”.

Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que afastarão enfermidades [10]. Sim, eu sei que você nunca ordenou isso, nem colocou como doutrina para a igreja nas epístolas, mas sabe como é o povo....

Admiro sua coragem por ter expulsado um “espírito adivinhador” daquela jovem [11], embora isso tenha lhe custado a prisão e açoites. Você não se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico. Hoje há uma profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus, todavia esses espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós.

Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou. Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras “todos os dias para ver se as coisas são de fato assim”[12].

Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o reanimou insistindo para que reavivasse “o dom de Deus” que havia nele [13]. Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores oferecem uma “nova unção” para quem fraqueja. Amo esta sua exortação, pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, e não precisamos buscar nada fora ou nada novo!

Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada era o prato principal.... as coisas mudaram: culto agora é chamado de “show”, a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco, e a palavra é só para ensinar como conseguir mais coisas do céu.

O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé “por obedecerem a espíritos enganadores” [14]. Essa profecia já está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.

Amado apóstolo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo.


Pr. Daniel Rocha é da Igreja Metodista e nos enviou este artigo por e-mail. É o autor da Primeira Epístola de Paulo aos Brasileiros

[1] At 20.23
[2] 1Tm 6.10
[3] 1Co 4.-9-13
[4] Gl 2.4
[5] Rm 7.19
[6] 2Co 10.10
[7] Gl 4.13-15
[8] 1Tm 5.23
[9] Fp 3.8
[10] At 19.12
[11] At 17.18
[12] At 17.11
[13] 2Tm 1.6
[14] 1Tm 4.1

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A vida como ela é...mas não deveria ser!

Este é um relato publicado pela jornalista Leila Cordeiro em seu blog. O que esta história verídica te faz lembrar? Embora um produto escasso, compaixão e honra ainda existe!


A vida como ela é...mas não deveria ser!

A história é uma das muitas que fazem parte do dia a dia das grandes cidades onde ninguém se preocupa muito com que ou quem está à sua volta , pela pressa, pelo medo, pelo desinteresse em relação ao próximo. Hugo Alfredo Tale-Yax era um imigrante guatemalteco ilegal, de 31 anos desempregado, que costumava dormir nas praças do bairro do Queens, em Nova York, onde vivem muitos imigrantes latinos.
Hugo que vivia pelas ruas do bairro pedindo esmola estava num desses dias de mendigo quando viu uma discussão violenta entre um homem e uma mulher. Segundo a polícia, as câmeras de segurança do local flagaram o momento que Hugo parte em direção ao homem para tentar defender a mulher que sai da cena correndo. As imagens não mostram o momento da agressão, mas o fato é que o imigrante foi esfaqueado várias vezes pelo homem que fugiu correndo e é considerado o suspeito do assassinato.
Ele ainda tentou correr atrás do agressor mas não aguentou e caiu no chão. No vídeo, Hugo aparece deitado na calçada, ferido, enquanto os pedestres passam por ele sem tomar providências e muito menos ajuda-lo a ir para um hospital. Um dos pedestres chega a sacudir o corpo de Hugo, virá-lo e ao encontrar uma poça de sangue se afasta depressa. A polícia informou que só recebeu uma chamada informando sobre o incidente uma hora e meia depois.
Não sei se foi o instinto de sobrevivência , naturalmente egoísta, que fez essas pessoas passarem pelo homem ferido sem esboçar o mínimo gesto de solidariedade humana de ajudar alguém à beira da morte. Hugo morreu sem atendimento, como um sem teto, um pedinte, um mendigo que, muitas vezes, fora desprezado por estar pedindo esmola. Mas esse mesmo mendigo conseguiu ser mais nobre do que aqueles que o desprezaram, mais solidário e digno ao tentar defender uma mulher que nem ao menos conhecia, da violência de um agressor.
Hugo ficou famoso depois que seu ato de bravura foi captado pelas câmeras de segurança e acabou virando heroi nas manchetes dos principais jornais do país. Um heroi desconhecido, que ficou ali naquela calçada, jogado feito um traste, sangrando até morrer...sem que ninguém tenha tido sequer a intenção de salva-lo nem mesmo a mulher por quem deu a própria vida!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AS 12 RAZÕES PARA ELIMINAR O ENTRETENIMENTO EM SUA IGREJA

AS 12 RAZÕES PARA ELIMINAR O ENTRETENIMENTO EM SUA IGREJA
Por Alan Capriles


Sei que o entretenimento está tão enraizado na cultura evangélica, que parecerá um absurdo a tese que defendo. Mas, além de não estar sozinho na luta contra o "culto show", estou ainda muito bem acompanhado, por pastores renomados, como Charles Haddon Spurgeon, que no século XIX já havia escrito sobre este perigo, alertando que o fermento diabólico do entretenimento acabaria levedando toda a massa em curto espaço de tempo. E é neste estado de lastimável fermentação que se encontra a massa evangélica atual.

Hoje em dia é quase impossível que uma igreja não tenha conjuntos musicais, ou corais, ou grupos de coreografia, ou cantores para se apresentar durante o culto e nos eventos por ela realizados. Na maioria das igrejas o período de culto é tomado deste tipo de apresentações, com a desculpa de que "é pra Jesus". Mas, quando analisamos racionalmente, e a luz das Escrituras, a verdade é que tais apresentações não passam de entretenimento, com verniz de santidade e capa de religiosidade.

Que ninguém fique ofendido. Eu mesmo gostaria que alguém houvesse me alertado disso na época em que eu, cegamente, gastava horas com ensaios de conjuntos e de peças teatrais. E eu me convencia de que isto era a obra de Deus.

Mas, no fundo de meu coração, eu sabia que havia algo de errado, que não era nisto que Jesus esperava que seus discípulos se focassem, ou se esforçassem. Como ninguém me despertou, busquei a Deus em oração e o próprio Espírito Santo, por meio das Escrituras, convenceu-me do meu erro.

Desde então, tenho meditado tão seriamente a respeito disto, que encontrei mais de dez razões para eliminar por completo o entretenimento dos cultos na igreja que pastoreio. E já o fizemos! Substituimos o tempo que antes gastávamos com ensaios entre quatro paredes, pelo evangelismo bíblico na comunidade e pela oração nos lares. E, quanto às apresentações nos cultos... sinceramente, não estão fazendo a menor falta.

Mas, vejamos porque o entretenimento deve ser eliminado dos cultos que realizamos ao Senhor:

1 - O Senhor nunca ordenou entreter as pessoas
Esta já seria uma razão suficiente, que dispensaria os demais argumentos. O problema é que raramente se encontra hoje uma igreja que queira ser bíblica, composta por membros que só desejem cumprir a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Assim sendo, talvez seja necessário ainda os argumentos a seguir.

2 - Entretenimento não atrai ovelhas
Chamemos de ovelhas aqueles que realmente amam a Jesus, que reconhecem a voz do Senhor e o seguem (Jo 10:27). No entanto, a divulgação de apresentações na igreja dificilmente atrairá pessoas interessadas em Deus. Certamente será um atrativo para as que gostam de uma distração gratuita. Mas, podemos chamar a estas pessoas de ovelhas, ou não há uma grande chance de serem bodes? (Mt 25:32-33)

3 - Entretenimento afasta as ovelhas
As verdadeiras ovelhas não se satisfazem com apresentações durante o culto. Elas querem oração e palavra, edificação e unção. Uma ovelha de Cristo não procura emoções, mas a Verdade, para que se mantenha firme no caminho da vida eterna (Jo 6:67). Quanto mais o pastor encher o culto com apresentações, mais rápido as ovelhas sairão em busca de uma verdadeira igreja, que priorize a oração e a palavra de Deus. Aos poucos, a "igreja-teatro" deixará de ter ovelhas para estar ainda mais cheia, porém de bodes, que gostam de uma boa distração. E, infelizmente, o que muitos pastores buscam hoje é quantidade, o crescimento a qualquer custo. E, com este fermento, a massa realmente cresce...

4 - Entretenimento reduz o tempo de oração e palavra
O tempo de culto já é muito limitado, chegando a no máximo duas horas. Quando se dá oportunidade para apresentações, o tempo que deveria ser usado para se fazer orações e se pregar a palavra de Deus torna-se curtíssimo. Em algumas igrejas não chega nem a trinta minutos! Como desenvover uma mensagem expositiva em tão curto espaço de tempo?

5 - Entretenimento confunde os visitantes
Os visitantes concluem que a igreja existe em função disto: conjuntos, corais, coreografias, peças teatrais, ou qualquer outro tipo de apresentação que torne o culto um show. E eles passam a frequentar os cultos com esta expectativa, esperando pelo próximo espetáculo.

6 - Entretenimento ilude os membros
O membro pensam que está servindo a Deus com suas apresentações. Desta forma, sua consciência fica cauterizada para atender aos chamados para a escola bíblica, para o evangelismo e para socorrer os carentes. Afinal de contas, ele pensa que seu chamado é para as artes, e não para serviços que não lhe colocam debaixo dos holofotes (que, aliás, são muito comuns nas igrejas hoje em dia).

7 - Entretenimento é um desgaste desnecessário
Quanto esforço é despendido para que tudo saia perfeito! Uma energia que é gasta naquilo que o Senhor nunca mandou fazer! Será que ainda sobram forças para se fazer o que realmente o Senhor manda? (Lc 6:46)

8 - Entretenimento coloca os carnais em destaque
Pessoas que raramente aparecem nos cultos de oração e estudo bíblico, e que nunca comparecem ao evangelismo, geralmente são as mesmas que gostam de aparecer cantando, dançando ou representando nos cultos mais cheios. A questão é: Por que dar destaque justamente para estes membros carnais?

9 - Entretenimento promove disputas
Disputas entre membros, entre conjuntos e até entre igrejas. Quem canta melhor? Quem dança melhor? Que conjunto tem o uniforme mais bonito? Quem recebeu mais oportunidade? Quanta medíocre carnalidade... (1 Co 3:3; Tg 4:1)

10 - Entretenimento alimenta o ego
O entretenimento não gera fé, mas fortalece o ego dos que amam os aplausos e elogios. Apesar de sua roupagem "gospel", o fermento dos fariseus continua tão venenoso quanto nos dias de Jesus (Mt 23:5-6; Lc 12:1)

11 - Entretenimento é um desperdício de tempo
Se o mesmo tempo que as igrejas gastam com ensaios e apresentações fosse utilizado com oração e evangelismo, este mundo já teria sido alcançado para o Senhor! (Ef 5:15-17)

12 - Entretenimento não é fazer a obra de Deus
A desculpa para o entretenimento é que este seria uma forma de atrair as pessoas. Mas a questão novamente é: que tipo de pessoas? Se entretenimento fosse uma boa alternativa, não teria a igreja apostólica usado de entretenimento para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava o evangelho, porque sabia que nele há poder. O evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16). Mas o entretenimento... O entretenimento é a artimanha do homem para a perdição de todo aquele que duvida.

Quero concluir com uma palavra aos pastores. De pastor, para pastor. Amado colega de ministério, não duvide do poder do evangelho para atrair e converter as pessoas. Não queira encher sua igreja com atividades vazias e atraentes ao mundo, mas que não tem o poder do Espírito Santo para converter vidas. Tenha coragem e limpe sua congregação desta imundície egocêntrica. Talvez com isto você perderá alguns membros, mas não perderá ovelhas, somente bodes. Tenha fé em Deus e confie no modelo bíblico para encher a igreja, que é a oração, o bom testemunho e a pregação ousada do genuíno evangelho de Cristo. Lembre-se que "enquanto os homens procuram melhores métodos, Deus procura melhores homens."

TEXTO FORA DE CONTEXTO

TEXTO FORA DE CONTEXTO
por Alan Capriles

A frase é famosa no meio teológico: “texto fora de contexto é pretexto para heresia”. A realidade, porém, é que poucos tem o cuidado de averiguar o contexto no qual se encontra um versículo. Muitos pregadores, mesmo com formação em teologia, preparam seus esboços sem nenhuma preocupação em dizer aquilo que o autor do texto bíblico queria dizer. E isto é mais comum do que se imagina!

Como prova do que estou afirmando, deixo três exemplos de versículos famosos, mas que, quando usados fora de contexto, dão margem para heresias. Que isto sirva de alerta para se verificar o contexto bíblico de qualquer mensagem, principalmente as que são baseadas em apenas um versículo da Bíblia.

Tudo posso naquele que me fortalece

Muito provavelmente, este é o versículo mais distorcido. Tirado de seu contexto, muitos concluem tratar-se de uma frase triunfalista, de alguém que pode conquistar seus alvos, que pode obter todas as coisas.

Por esta razão, este versículo é o mais repetido pelos pregadores da teologia da prosperidade, que apregoam a idéia do super crente. “Você pode ter saúde, você pode ter dinheiro, você pode ter sucesso... tudo posso naquele que me fortalece!” esbravejam os falsos profetas.

Mas o apóstolo Paulo não estava se referindo a conquistar ou a se obter algo. Antes, muito pelo contrário! Vejamos o contexto:

“Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação.” (Filipenses 4:11-14 RA)
Quando Paulo escreveu o famoso “tudo posso” ele passava por grande tribulação, pois estava encarcerado. Portanto, como se percebe na leitura do contexto, a interpretação correta é: “tudo posso suportar”.

Quer seja humilhado, ou honrado, na fartura, ou na fome, tanto em situação de abundância, quanto de escassez, “tudo posso naquele que me fortalece”.

Pedis e não recebeis porque pedis mal

Por mais de uma vez já ouvi pregadores usarem este versículo para ensinar o seguinte:

“Você precisa ser específico no seu pedido. Se você pede a Deus um carro, diga qual a marca, o modelo, se é completo; se está pedindo uma casa, especifique o bairro, com quantos quartos e banheiros, se quer piscina e churrasqueira; ou seja, você não tem recebido nada disso porque não tem pedido direito. Pedis e não recebeis porque pedis mal!”

Este tipo de ensinamento é ridículo e não tem base nas Escrituras. E nem é preciso examinar o contexto para se revelar a farsa. Basta concluir a leitura do próprio versículo:

“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:3 RA)

A parte final, que diz “para esbanjardes em vossos prazeres” é omitida por aqueles que desejam ensinar o contrário do que a Bíblia ensina.

Deus não responde orações de pessoas egoístas e mundanas. Nem sequer as ouve (Is 58:3; Jr 14:12-16) Mas, a fim de que ainda não reste nenhuma dúvida, vejamos então o contexto:

“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:1-4 RA)

Somos mais do que vencedores

Usado fora de seu contexto, esta frase transmite a falsa idéia de que a vida do crente “é só vitória”, como costumam dizer alguns.

Mas o apóstolo Paulo especificou em quais situações é que somos mais do que vencedores. O versículo completo diz o seguinte:

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:37 RC)

“Em todas estas coisas...” Quais coisas?

A resposta, bem como o entendimento para este versículo, está em seu contexto:

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:35-37 RC)

Ao contrário de uma vida isenta de lutas e sofrimento, o apóstolo Paulo declara que somos mais do que vencedores nas seguintes circunstâncias: Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou espada.

E, qual a nossa vitória, em meio a tantas adversidades? Novamente, o contexto nos responderá:

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Romanos 8:37-39 RC)

A nossa grande vitória é não duvidar deste amor que Deus tem por nós, provado em nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda que venha tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou mesmo a morte, nada poderá nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!
Postado por Alan Capriles